sexta-feira, 23 de outubro de 2020

E SE FOSSE A GENTE?


E se fosse a gente começa quando Arthur está andando pela ruas de Nova York apenas por diversão, já que está de férias da escola, e se depara com uma agência de correios comum. Na frente da agência de correios, Arthur esbarra com Ben, um garoto extremamente atraente que chama a atenção do rapaz. Ambos começam a conversar e ao descobrir que Ben era gay, assim como Arthur, o mesmo fica esperançoso que pode ter uma chance com o garoto, porém isso não acontece e os dois acabam se desencontrando logo no inicio do livro.

Eu tenho uma paixão extraordinária por esse livro que eu nem consigo explicar direito. Tudo nele é perfeito demais, tanto que está entre meus livros favoritos de todos os tempos. Não é uma linguajem pesada, já que o livro é destinado majoritariamente para os adolescentes, e a história tem uma leveza que uma pena é até mais pesada.

Em parte o que mais me cativou foram os personagens, tanto Arthur quanto Ben não são clichês, eles são naturais, por assim dizer. Não são os famosos: o jogador de futebol e o nerd, não, eu diria mais que são: os dois nerds com personalidades opostas. Arthur é extremamente extrovertido e passa por situações vergonhosas, mas que mesmo assim, ele não se abala. Já Ben é mais introvertido, porém ele sabe a hora de ser brincalhão. É isso que mais me chamou atenção nos dois: Becky Albertalli e Adam Silvera deram de tudo para tornar cada personagem único.

Lá mais para o finalzinho, o clímax eu digo, eu já não me acabava de chorar. Gosto de dramas, e isso teve de monte no livro. Eu chorava por tudo mesmo, e o clímax se tornou minha parte favorita, gosto de ler ela toda vez que estou entediada só para sentir a pontada de dor no coração porque gosto de sofrer por personagem que não existe. Não vou falar o que acontece porque não quero dar spoiler, mas do clímax até o desfecho, eu não parava de gritar pelos personagens.

Tudo no livro acaba tendo um ar de poesia, que também é algo que eu admiro. Ben e Arthur inventaram as “primeiras segundas chances”, que lá no desfecho, se tornaram flechas que perfuraram meu pequeno coração de leitora. O nome do livro também se torna muito poético no meio do livro, não vou falar quando se não falo spoiler. Absolutamente tudo que tem no livro me faz amar ele mais ainda.

E se fosse a gente é um romance LGBT que fica no meu coração como o livro de romance mais realista da minha vida inteira, ocupando um espaço especial na minha lista de livros favoritos. Becky Albertalli e Adam Silvera acertaram 100% nesse livro. Há rumores que os dois andam fazendo um segundo livro do casal Arthur e Ben, agora é só cruzar os dedos e esperar que a segunda parte do meu livro predileto esteja realmente em ação.



Júlia Liranço Sanches



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