domingo, 25 de abril de 2021

Top 3 Melhores Adaptações Cinematográficas


    Adaptações cinematográficas.... O sonho de muitos leitores, mas também seu maior pesadelo. Sonho porque muitas vezes o que mais queremos é ver nossos amados livros nas telonas! Quem nunca ficou imaginando como seria uma adaptação do livro enquanto lia? E pesadelo porquê.... Bem, porque em 90% dos casos o filme fica horrível e não tem nada a ver com o livro. Já estamos cansados de exigir adaptações mais fiéis!

Tem tanto para falar sobre o tema que fizemos até uma live no instaram ano passado (clique aqui para assistir), mas no comentário de hoje, decidimos ser otimistas e indicar algumas das poucas vezes em que esses filmes foram sonhos e não pesadelos! Com vocês, meu top 3 de melhores adaptações cinematográficas:

 

3° lugar: Com Amor, Simon


Capa do Filme Love, Simon
    O terceiro lugar vai para “Com Amor, Simon”! Para quem não sabe, esse filme conta a história de um adolescente gay com dificuldades para se assumir. Na internet, ele começa a trocar e-mails com Blue, outro jovem de sua escola que está passando pela mesma dificuldade. Os dois estão completamente apaixonados um pelo outro, mas suas identidades permanecem em segredo.

A adaptação não é completamente fiel ao livro: MUITOS detalhes foram alterados. Por exemplo, enquanto no livro os protagonistas mal seguravam as mãos em público, no filme eles se beijam numa roda gigante com a escola inteira aplaudindo. O livro tem um ar mais realista, enquanto o filme tentou seguir um caminho mais “conto de fadas”. Ainda assim, mesmo tendo vários detalhezinhos (alguns bem importantes) modificados, acho que no geral o filme conseguiu captar a essência do livro. Na falta de adaptações completamente fiéis, “Com Amor, Simon” leva o terceiro lugar por manter a trama geral e ser tão emocionante quanto o livro em que é baseado!

 

2° lugar: Harry Potter (exceto o 6° filme)


Capa do filme Harry Potter e a Ordem da Fenix
        E os filmes do Harry Potter entram no pódio como as segundas melhores adaptações que eu já vi! Menos o sexto filme, é claro, porque eles cortaram as partes mais relevantes da história. Se você vive em uma caverna e não conhece Harry Potter, essa é uma história sobre um jovem que mora com os tios. Aos 11 anos ele descobre que seus pais não foram mortos num acidente de carro como ele pensava: eles foram assassinados pelo maior bruxo das trevas de seu tempo. Assim, Harry é convidado para estudar na escola de magia e bruxaria de Hogwarts, onde faz novos amigos e vive suas próprias aventuras numa saga de 7 livros, 8 filmes e uma peça de teatro.
     Não vou mentir: Harry Potter foi a primeira adaptação cinematográfica que eu odiei na minha vida. Sou fã dos filmes desde os 3 anos de idade (acho até que HP é uma das sagas que mais me marcou). Lá pelos 9 ou 10 anos eu finalmente li os livros e entrei numa das fases mais insuportáveis da minha vida: toda vez que eu via os filmes era para criticar cada detalhezinho que não fosse idêntico ao livro. Cheguei ao ponto de que se você me dissesse que era potterhead e nunca tivesse lido os livros, eu ia responder que você não é fã de verdade porque Harry Potter é uma saga literária.

Capa do filme Harry Potter e a Câmara Secreta
     Felizmente (ou infelizmente), um tempo depois eu descobri o que era uma adaptação ruim de verdade. Pois é, se os filmes do Percy Jackson fizeram alguma coisa de bom foi me mostrar que as adaptações de Harry Potter não são tão ruins assim. Hoje em dia, eu reconheço que os filmes do nosso jovem bruxinho são incríveis, e gosto muito de todos eles. A exceção do 6° filme, eles conseguem captar as partes mais importantes da história, e a melhor parte é que a personalidade dos personagens permanece intacta. Considerando tudo, os filmes do Harry Potter são extremamente merecedores do segundo lugar!

 



1° lugar: Jogos Vorazes



E o grande Prêmio das Adaptações Cinematográficas vai para.... Jogos Vorazes! Introdução para os leigos: essa distopia trata de um país com 12 Distritos subordinados a uma Capital tirana, que todos os anos promove os jogos Vorazes, um evento onde dois adolescentes de cada distrito são jogados em uma arena para lutarem entre si até que apenas um saia vivo. Katniss, a protagonista, se voluntaria para participar dos Jogos no lugar de sua irmã, e acaba por começar uma revolução.

Capa do filme Jogos Vorazes A Esperança O Final

Embora os filmes não consigam transmitir todos os detalhes presentes nos livros e acabem por cortar algumas subtramas interessantes, eles acrescentam outros detalhes pertinentes para a história, como as cenas que mostram a perspectiva do presidente Snow, impossíveis no livro narrado em primeira pessoa pela Katniss. Os filmes agem como um complemento perfeito para a maravilhosa saga literária.

Se você chegou aqui achando que eu ia recomendar um filme que substituísse seus livros, está completamente enganado. Realmente não vale a pena assistir Jogos Vorazes para deixar de ler os livros. Como eu já disse, um complementa o outro. Se você só viu os filmes, recomendo que leia os livros, e vice-versa!

 

 

E essas são minhas adaptações favoritas no momento. Sei que devo ter deixado muitos filmes bons de fora, já nem sempre eu vejo o filme e leio o livro. Então, se você tiver alguma recomendação legal, deixa aqui nos comentários! Inclusive, se vocês gostaram desse texto, posso fazer uma parte dois com as piores adaptações que já assisti... Caso você queira essas parte dois, aproveite para seguir o site e comentar aqui em baixo para eu saber que você gostou. Também não esqueça de curtir, comentar, compartilhar e salvar o post do insta, isso realmente ajuda meu trabalho! Obrigada por ler, nos vemos no próximo domingo!


Laura

domingo, 18 de abril de 2021

Garotas de Neve e de Vidro


E estamos de volta com as resenhas aqui no Book&Geek! A recomendação de hoje não poderia ser mais especial: Garotas de Neve e de Vidro, uma história inspirada na Branca de neve e perfeita para os amantes de contos de fadas.... Esse é um livro com duas protagonistas: a princesa Lynet e a rainha Mina, representando, respectivamente, a Branca de Neve e a Rainha Má.

A história se passa em um reino dividido entre sul e norte, sendo que o último sofreu uma maldição que faz com que todos os dias do ano sejam de inverno. Mina era a filha de um temido mago do Sul, e não tinha amigos por conta da má reputação do pai. Certo dia, o mago conta para sua filha um grande segredo: quando era pequena, Mina sofreu com uma doença que destruiu seu coração, que teve que ser substituído por um de vidro. Esse coração de vidro era suficiente para garantir a sobrevivência dela, mas não era capaz de amar. Tudo que Mina queria em sua vida era ser amada, mas o problema era: como uma pessoa amaria alguém que não é capaz de ama-la de volta?

Todos esses pensamentos de Mina são realmente agonizantes. Ela sonha em amar e ser amada, mas tem plena certeza de que não é capaz disso. Ela chega a me lembrar o Maven de Rainha Vermelha: um jovem ou uma jovem que teve seus sentimentos destruídos por conta da manipulação de um familiar maligno, uma pessoa cujo amor foi roubado. Claro, as histórias dos dois personagens são bem diferentes, mas ainda assim, se você é fã do Maven, provavelmente vai gostar da Mina.

De um jeito ou de outro, o pai dela salvou a vida da princesa Lynet (na época uma recém-nascida) e recebeu a oportunidade de se mudar para o castelo da família real, no Norte. Lá, tomada pelo seu desejo de ser amada, mesmo que a amem apenas pela beleza, Mina tenta conquistar o coração do Rei, já que antiga rainha morreu ao dar à luz a Lynet. Ele, por sua vez, se casa com Mina, mas não consegue superar o falecimento de sua primeira esposa.

A obsessão do Rei pela falecida rainha é tanta que chega a ser doentio: em determinado momento do livro, descobrimos que Lynet não era filha biológica do rei: após a morte da rainha, ele pediu que o mago criasse a partir da neve uma menina que se tornaria idêntica a rainha ao crescer. Obviamente, isso faz com que ele coloque muitas expectativas sobre a princesa que não necessariamente ela vai cumprir.

E essa é a história de Lynet: de uma adolescente que apesar de fisicamente idêntica não é igual a mãe e tem medo de decepcionar o pai. Tudo isso só piora quando o rei decide que Lynet não pode mais ver sua madrasta, por que na cabeça dele Mina estava substituindo a mãe da menina. Acontece que a princesa nunca tinha conhecido a mãe e não sentia nenhuma falta dela, e a pessoa que realmente teve um papel materno na vida dela era justamente a madrasta.

Tenho certeza de que muitos adolescentes vão se identificar com a história da princesa, e com todas as questões dela quanto a não atingir as expectativas irrealistas da família. E se muitos vão se identificar com isso, algo com que todos vão se identificar é com a necessidade da protagonista de assumir novas responsabilidades que surge ao longo do livro. Nós podemos até não ter que governar um reino de conto de fadas, mas em um momento ou outro começamos a ter mais obrigações, seja enfrentando matérias mais complexas na escola, sejam as expectativas para a universidade, seja num primeiro emprego, etc.

Esse é um livro que emociona: tanto a história de Mina quanto a de Lynet te fazem sentir. As personagens são extremamente bem construídas, e as questões pelas quais elas passam são enfrentadas pela maioria das pessoas em algum momento da vida. As Garotas de Neve e Vidro são como duas pessoas reais no meio de um mundo fantástico.

A parte mais emocionante do livro acontece justamente no finalzinho dele, no clímax da história. Não vou falar muito sobre, mas posso dizer que esse é um dos livros que mais me emocionou (o que quer dizer muito, se considerarmos a quantidade de livros que eu já li), e essa parte da história me deixou realmente tensa.

Em alguns aspectos, a história delas se assemelha ao filme live action da Malévola. Ambas as releituras de contos de fadas trazem elementos da história original, mas os atualizam para os valores dos dias atuais. Assim como no filme da Disney, esse livro traz uma história não apenas sobre uma princesa encontrando seu par romântico, mas sobre o amor de uma mãe e uma filha.

Já que falamos em par romântico, vale comentar que, apesar de esse estar longe de ser o foco da história, nós temos um romance entre a princesa Lynet e Nadia, a cirurgiã do palácio. Nadia é outra personagem extremamente interessante, que tem seu passado, seus objetivos e sua personalidade própria, diferente do príncipe do conto original, que existia apenas para casar com a Branca de Neve. O melhor nessa personagem é que ela tem falhas, e comete vários erros ao longo do livro (ela provavelmente vai te dar raiva em alguns momentos) mesmo tendo as melhores intenções, e no final, ela e Lynet formam um casal interessante. Além de ser super bem construído esse casal também traz o elemento da representatividade, já que é literalmente um conto de fadas onde a princesa termina com outra garota.

Esse livro realmente me conquistou, e está oficialmente entre os meus favoritos. A única coisa que eu tenho a reclamar é sobre a falta de criatividade na capa composta por uma coroa. Vinte mil sagas sobre a realeza têm capas muito parecidas com essa, e seria legal se por uma vez na vida eles tivessem decidido variar. Mas fazer o que né? Apesar da capa, recomendo muito essa história, que conquistou um lugar não só na minha estante, mas no meu coração.


Laura



capa do livro garotas de neve e de vidro, composta por uma coroa, reflexos de neve e o titulo em azul claro.